METANFETAMINAS

Histórias reais (anónimo)

 

"Tinha apenas 12 anos quando vi a minha irmã deitada em posição fetal no chão do quarto dela, a gritar e a chorar ao mesmo tempo. Ela não parava de dizer “eles vão matar-me, vão matar-me”. Estava pálida e com um cheiro estranho, e foi então que reparei no sangue. Tinha cortes pelos braços, pernas e cara. Fui chamar os meus pais e eles levaram-na ao hospital, onde foi examinada pelos médicos. Segundo o médico responsável, a minha irmã estava viciada em mentanfetaminas há mais de um ano. Eu e os meus pais ficamos chocados com a notícia e não compreendemos como foi possível não termos notado nenhum sinal. A minha irmão foi internada numa clínica de reabilitação, durante um ano. Porém, após regressar a casa voltou a consumir metanfetaminas e fugiu de casa. Até hoje não sabemos nada sobre o seu paradeiro. Volta para casa, Mandy, por favor volta, sentimos a tua falta.”

 

Rapaz de 12 anos, Estados Unidos da América

 

"Durante 4 anos fumei metanfetaminas e confesso que foi a pior decisão da minha vida. Quando me olhava ao espelho ficava chocada com o meu aspeto e começava a chorar. Tinha marcas por toda a cara, não reconhecia a pessoa em frente ao espelho. Hoje em dia, tenho de viver com as cicatrizes que ganhei durante a depedência e odeio acima de tudo o meu aspeto. Estou deprimida e cheguei ao ponto em que tenho de procurar ajuda. O meu primeiro passo para deixar este vício foi admiti-lo e não fumar mais mentanfetaminas. Hoje encontro-me na segunda semana de abstinência e sinto-me irritada, zangada e só me apetece voltar a fumar. Porém, sei que tenho de ser forte e resisitir, mas é tão difícil. Sinto que estou a piorar dia para dia."

 

                                                                                                                                                                                                                  Mulher de 20 anos, Melborne, Austrália

 

 

"Quando alguém te diz que podes apenas experimentar sem ficar viciado, é mentira. Desde daquela primeira noite que as metanfetaminas são a minha razão de viver. Eu perdi a completa noção de toda a realidade e começei a prostituir-me para poder comprar uma nova dose, uma e mais uma, sem parar. Nunca fiz sexo sóbria, ou por prazer, foi sempre com o objetivo de comprar esta droga.  Perdi a virgindade com o meu “dealer” e já perdi a conta de quantas vezes me prostitui. O meu corpo tornou-se extremamente tolerante a metanfetaminas e fumar apenas já não me satisfazia. Recorri então a agulhas. Então, entrei numa fase de completa indiferença para com a realidade e começei a tornar-me “escrava” das metanfetaminas. Começei a ter alucinações e uma vez fiquei acordada 9 noites seguidas a lutar contra um alegado “homem encapuçado com cara branca”.

                                                                                                Rapariga de 16 anos

 

 

"Eu nunca experimentei metanfetaminas, mas o meu marido sim. Começei a reparar que ele estava a usar metanfetaminas quando ficava acordado durante 3 noites seguidas e, quando dormia, o corpo dele movia-se de forma estranha. Também reparei que tinha pisaduras e crostas por todo o corpo. No último mês, teve 2 acidentes de carro e o comportamento e atitude dele mudou completamente. Era uma pessoa engraçada, carinhosa e passou a estar sempre zangado, irritado e distante. Gritava e discutia comigo sem razão aparente, perdeu todo o interesse nas suas atividades preferidas. Quando o confrontei com isto, ele NEGOU COM TODA A FIRMEZA."

                                                                                                   Mulher de 24 anos

 

Casos adaptados de METHPROJECT.COM